Um helicóptero que integrava a comitiva de Daniel Chapo, candidato presidencial da Frelimo, passou por um incidente no dia 3 deste mês, em Machaze, província de Manica. O fato foi confirmado nesta segunda-feira pelo comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, que esclareceu que o ocorrido foi devido ao calor extremo e não se tratou de sabotagem.
“O termo implosão refere-se a algo que acontece ao contrário de uma explosão. A ventilação falhou e algo se rompeu, resultando nessa implosão. Não houve incêndio intencional ou qualquer tipo de ato criminoso, mas sim condições climáticas adversas, causadas pelo calor e proximidade de algumas chapas de metal”, explicou Bernardino Rafael.
O comandante-geral enfatizou que o incidente não foi uma sabotagem, contrariando rumores nas redes sociais que sugeriam que “os equipamentos pegaram fogo”. Por isso, deixou claro que ninguém foi detido ou retido, independente do partido a que pertença.
Ele também reconheceu que os agentes responsáveis pela segurança dos meios de transporte no local não foram cuidadosos o suficiente, pois não verificaram o estado do helicóptero, apesar de essa ser sua responsabilidade ao supervisionar o equipamento.
“Devíamos ter dado mais atenção, já que foi a tripulação que tornou o ocorrido público. O ideal seria que nós tivéssemos relatado que o helicóptero sofreu uma implosão, seja por falha no combustível ou devido ao calor interno”, criticou.
Por fim, ele recomendou que, em campanhas eleitorais, onde os candidatos estão presentes, deve-se evitar que pessoas se aproximem com garrafas ou latas contendo líquidos inflamáveis, pois o aquecimento ou um gesto descuidado pode causar implosões e assustar as pessoas. Ele também destacou que, quando eventos como este acontecem, é fundamental que as autoridades sejam as primeiras a relatar o ocorrido.
