Jornalistas ficam chateados com a postura do Porta Voz da CNE, até houve insultos
Pareceu um verdadeiro insólito: a Comissão Nacional de Eleições (CNE) enviou um comunicado, esta terça-feira, a referir que se pronunciaria sobre a situação das candidaturas. A imprensa afluiu em massa à conferência de imprensa, tanto é que faltou lugar para quem quisesse acompanhar a comunicação do órgão.
Chegou Paulo Cuinica e começou o pronunciamento. O porta-voz da instituição não disse praticamente nada que não seja sabido. “Estamos a avaliar as candidaturas”, ressalvou.
Questionado pela TV Sucesso se a CNE achava razoável “fazer correr” jornalistas para dizer que está a avaliar candidaturas, Cuinica respondeu que “quem quiser pode participar, quem não quiser pode não participar” nas comunicações da instituição. A resposta de Cuinica causou um brado na sala, pelo tamanho de indignação dos jornalistas.
Na senda das questões ao porta-voz, Estevão Chavisso, jornalista da agência Lusa, reiterou o sentimento de indignação de jornalistas. “Senhor porta-voz, estamos a tentar cavar notícia, porque aqui não há nada mesmo de notícia”, disse Chavisso, que foi secundado em uníssono por vários outros colegas.
A atitude de CNE, esta quinta-feira, está a ser censurada por vários repórteres que participaram da conferência de imprensa. “Cuinica foi arrogante”, disse um editor, à TV Sucesso, sem gravar a entrevista.